Meia-Boca Futebol Clube

Porque como diria Nelson Rodrigues: "Só jogador mediocre faz futebol de primeira"

13.5.10

Seleção Brasileira, ame-a.

ATENÇÃO, DCE E ESQUERDOBRANDOS DO MEU BRASIL: O POST ABAIXO CONTÉM ALTA DOSE DE IRONIA. LUTE CONTRA O VERDADEIRO INIMIGO.

Quaresma defendia com azedume e paixão a proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo e era com este rival do seu rio que ele mais implicava. Ai de quem o citasse na sua frente!

Um dos pressupostos básicos do nacionalismo é a inteligência. Os nossos bosques têm mais flores, é evidente, o Amazonas é o melhor e maior rio do mundo, claro, ninguém segura o Brasil, obviamente, e o fato de nascer dentro de um lado da fronteira nos torna felizes, alegres e melhores dos que os cretinos que decidiram nascer do outro.

O pequeno Hitler que vive trancado dentro do coração de cada um de nós, preso e condenado pelo tribunal da civilização, recebe de quatro em quatro anos o sagrado direito de respirar ar puro, de experimentar um pouco de liberdade. Não se contesta a seleção brasileira imediatamente antes e durante o mundial. Não é patriótico. Dunga e Jorginho defendem a pátria, a seleção carrega o Brasil nas costas, eu e você, você e eu estamos no bico da chuteira do Júlio Batista, nas luvas de Doni...!...Dunga se exalta, Jorginho fica indignado com quem não torce para o Brasil, pela pátria, pela nossa seleção nos gramados! O clima é tão pesado que nem se tenta repetir a experiência muito bem sucedida de nacionalismo e democracia dos anos 70...é isso aí.

Fala-se muito da intolerância nacionalista dos governos militares, supostamente sintetizada pelo famoso "Brasil, ame-o ou deixe-o". Ora, um dos fundamentos da tolerância, do espírito democrático, é aceitar como legítimas opiniões divergentes sobre variados assuntos. Não amas a pátria? Tudo bem, diz Médici, eu entendo, é legitimo, mas, por favor, exerça seu direito democrático de retirar-se. Em época de Copa do Mundo a coisa é mais séria. A possibilidade de não amar, de deixar, é extinta. Seleção Brasileira, ame-a. Pequeno Hitler, always having fun.

Proponho um parágrafo de Fernando Pessoa como antídoto:

Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro direto que me enoja independentemente de quem o cuspisse.

Escolho ignorar que Fernando Pessoa teria sérios problemas com os meus posts. Melhor me concentrar na parte mais importante da mensagem. Adapto ao futebol o dito sobre a língua portuguesa. Minha pátria não é a CBF, não é a amarelinha, é o futebol de 70, o futebol de 82. Não odeio o Elano, não odeio o Gilberto Silva, odeio o futebol burocrático que jogam. Que seja a Argentina, a Holanda, qualquer outro time que ganhe a Copa. Para ter minha torcida, basta jogar como a Holanda em 74, o Brasil em 82...e vá, como o Santos atual em seus melhores momentos.

Veja só, quem diria que Dunga me obrigaria a alinhar-me com Callazans e Trajano. Enfim, toda aliança é justa contra Hitler. Ataque Soviético nele! A SELEÇÃO É NOSSA!

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