Meia-Boca Futebol Clube

Porque como diria Nelson Rodrigues: "Só jogador mediocre faz futebol de primeira"

28.5.10

Terceiro lugar

A primeira idéia era fazer um post irônico sobre as disputas de terceiro lugar, insinuar que são deprimentes, reiterar que não valem nada, soltar comparações com discussões na internet e vencer as paraolimpíadas, mas não, não no Meia-Boca; não no blog que louva Cris como um de seus padroeiros, não, não no Meia-Boca, não no blog que, em 2010, comemora as glórias do espírito medíocre do tempo!

Arrisco dizer que a disputa de terceiro lugar é a verdadeira decisão do mundial para o espírito meiaboquense. Além de não reunir os DITOS - e quem DIZ que eles são os melhores? sim, ELE, ELE que é de BEM, o homem branco, cristão e heterossexual - melhores times da competição, tem o requinte de mediocridade de não valer absolutamente nada para ninguém. Melhor, a disputa de terceiro lugar eleva o médiocre ao status de grande disputa mundial. O Blog da mediocridade só tem a agradecer a FIFA pelo espírito politicamente correto.


(Deus, Família, Liberdade e Bom Futebol)

Vejamos alguns dados interessantes sobre o terceiro lugar:

- Proporcionou aos olhos do mundo confrontos maravilhosos como EUA X IUGOSLÁVIA(1930), ÁUSTRIA X URUGUAI (1954), CHILE X IUGOSLÁVIA (1962), SUÉCIA X BULGÁRIA (1994) e a melhor de todas as disputas de terceiro lugar, a linda, a gloriosa partida entre TURQUIA E CORÉIA DO SUL em 2002 que, estufo o peito para dizer, EU VI, meus netos!

Antes do próximo dado, breve questão teórica: Quem é mais medíocre? Quem ganha ou quem perde a disputa de terceiro lugar? Discutam nos comentários, milhões de leitores. PMDB style, a priori não me posiciono, espero o lado que me oferecer melhores condições...RISOS! Enquanto não recebo ofertas, aos números:

- Mais medíocre sendo quem venceu, temos um glorioso empate quádruplo: Com duas conquistas cada, Brasil, Suécia, França e Polônia dividem o título de maiores terceiros da história das copas. Mas a Suécia tem um terceiro lugar com asterisco, o que, ao meu ver, é bem medíocre, já que não teve decisão de terceiro lugar.em 1950. Aliás, BUH para os canalhas que armaram fórmula de disputa sem possibilidade para jogo de terceiro lugar. Mas sim, se você quiser argumentar que a Fúria, que ficou em quarto com asterisco, está pior, tem meu apoio.

- Mais medíocre sendo quem perdeu, temos um campeão incontestável. Com dois fracassos, 1970 e 1954, a gloriosa camisa Celeste tem a honra de ser a maior quarta colocada da história dos mundiais! Celebre, Loco:



E sério mesmo? Já escrevi demais. Um post sobre terceiro lugar deve ser escrito com o espírito de quem joga a decisão de terceiro lugar. Com preguiça, sem nenhum cuidado e sem compromisso com a qualidade. Quer mais dados? Wikipédia. Quer mais comentários cretinos? Zorra Total. E isso é tudo que eu tenho a falar sobre isso.

17.5.10

E agora, Michael?

Ballack fora da Copa! Diga lá, Senhor das Trevas:



Prendam Veron, a bruxa está solta! RISOS! Depois de Beckham, o Jorge Wagner com grife, os gramados africanos perderam a honra de serem pisoteados por outro grande craque europeu, Michael Ballack, o Cléber Santana ariano. Temo. Quem será a próxima vítima do ódio da sorte pelo bom futebol? Joe Cole, o Leandro Gianecchini britânico? Seu xará, Ashley Cole, o Júnior César Monárquico? Não, Fortuna, não brinques comigo, diga que não será Iniesta, o Hernanes Catalão!

Ballack se vai, A pergunta fica: vale a pena uma Copa sem duas das maiores invenções do marketing europeu? Fica a minha sugestão para a Fifa: adiar o torneio até a recuperação definitiva das duas estrelas mais brilhantes da constelação futebolística. O futebol, MUITO OBRIGADO, agradece.

Tá bom, o sujeito apelou (será?), mas faz algum tempo que o Ballack merece uma entrada dessas...Não que eu defenda a violência, mas, como diz o meu lema, contra Hitler qualquer meio é justo. Como é? Eu disse que um alemão parece Hitler? Meu deus, que polêmica! Discutam!



13.5.10

Seleção Brasileira, ame-a.

ATENÇÃO, DCE E ESQUERDOBRANDOS DO MEU BRASIL: O POST ABAIXO CONTÉM ALTA DOSE DE IRONIA. LUTE CONTRA O VERDADEIRO INIMIGO.

Quaresma defendia com azedume e paixão a proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo e era com este rival do seu rio que ele mais implicava. Ai de quem o citasse na sua frente!

Um dos pressupostos básicos do nacionalismo é a inteligência. Os nossos bosques têm mais flores, é evidente, o Amazonas é o melhor e maior rio do mundo, claro, ninguém segura o Brasil, obviamente, e o fato de nascer dentro de um lado da fronteira nos torna felizes, alegres e melhores dos que os cretinos que decidiram nascer do outro.

O pequeno Hitler que vive trancado dentro do coração de cada um de nós, preso e condenado pelo tribunal da civilização, recebe de quatro em quatro anos o sagrado direito de respirar ar puro, de experimentar um pouco de liberdade. Não se contesta a seleção brasileira imediatamente antes e durante o mundial. Não é patriótico. Dunga e Jorginho defendem a pátria, a seleção carrega o Brasil nas costas, eu e você, você e eu estamos no bico da chuteira do Júlio Batista, nas luvas de Doni...!...Dunga se exalta, Jorginho fica indignado com quem não torce para o Brasil, pela pátria, pela nossa seleção nos gramados! O clima é tão pesado que nem se tenta repetir a experiência muito bem sucedida de nacionalismo e democracia dos anos 70...é isso aí.

Fala-se muito da intolerância nacionalista dos governos militares, supostamente sintetizada pelo famoso "Brasil, ame-o ou deixe-o". Ora, um dos fundamentos da tolerância, do espírito democrático, é aceitar como legítimas opiniões divergentes sobre variados assuntos. Não amas a pátria? Tudo bem, diz Médici, eu entendo, é legitimo, mas, por favor, exerça seu direito democrático de retirar-se. Em época de Copa do Mundo a coisa é mais séria. A possibilidade de não amar, de deixar, é extinta. Seleção Brasileira, ame-a. Pequeno Hitler, always having fun.

Proponho um parágrafo de Fernando Pessoa como antídoto:

Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro direto que me enoja independentemente de quem o cuspisse.

Escolho ignorar que Fernando Pessoa teria sérios problemas com os meus posts. Melhor me concentrar na parte mais importante da mensagem. Adapto ao futebol o dito sobre a língua portuguesa. Minha pátria não é a CBF, não é a amarelinha, é o futebol de 70, o futebol de 82. Não odeio o Elano, não odeio o Gilberto Silva, odeio o futebol burocrático que jogam. Que seja a Argentina, a Holanda, qualquer outro time que ganhe a Copa. Para ter minha torcida, basta jogar como a Holanda em 74, o Brasil em 82...e vá, como o Santos atual em seus melhores momentos.

Veja só, quem diria que Dunga me obrigaria a alinhar-me com Callazans e Trajano. Enfim, toda aliança é justa contra Hitler. Ataque Soviético nele! A SELEÇÃO É NOSSA!

12.5.10

Convocação, numerologia e/ou algo por aí

Desculpa, Brasil! Eu acertei. Tá que a bola de Londres não devia estar pagando muito pela minha aposta, mas ainda assim. Eram uns três nomes incertos e Dunga conseguiu surpreender negativamente em todos.

No fundo, bem no fundo; eu tinha a esperança de que teria alguma alternativa ofensiva razoável no banco. Eu não disse duas, três, algumas. Eu disse pelo menos UMA! Mas não. Júlio Baptista, o homem de 30 anos que ainda não decidiu sua posição, continua sendo nosso backup ofensivo. Temamos!

Eu passei o dia ontem esperando o Dunga falar que era pegadinha do malandro. Não deu. Mas precisa existir uma razão para a convocação de SETE VOLANTES além do corporativismo. Precisa ser numerologia. Porque a gente atura Gilberto Silva em prol da tática. A gente finge que não vê Gilberto Silva E Felipe Melo. A gente deseja um aneurisma para não precisar aceitar Gilberto Silva, Felipe Melo E Elano. Mas saber que, além desses, ainda tem MAIS QUATRO. É demais para o meu bom senso.

Logo, espero que alguém mude o nome para Dunnga, Maycom, Newmar ou algo por aí e dê continuidade a minha teoria da numerologia. Não me forcem a fingir que Elano e Ramires são jogadores criativos.